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Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

27.Nov.17

Tudo bem?

Existem várias maneiras de abordar alguém conhecido e todas elas têm riscos associados:

 

Tudo bem?

A maneira mais comum de abordar alguém. Em noventa por cento das vezes a resposta é “Tudo, e contigo?” mas há quem possa aproveitar a pergunta para contar a história da sua vida. “Tudo começou quando eu tinha 5 anos…” é mais do que motivo para libertar o Bolt que há em si, sem nunca olhar para trás.

 

Tudo a andar?

“Um pé a seguir ao outro” é uma das respostas possíveis. Ter o máximo cuidado para não fazer essa pergunta a quem tenha problemas motores.

 

Tudo em forma?

Evite esta abordagem para não receber uma resposta do género: “Por acaso até ando a fazer uma dieta em que só como sementes de girassol, sem glúten, das duas da tarde às oito da noite” ou até mesmo: “Mais ou menos, no outro dia dei um mau jeito no pescoço quando tentava abrir um frasco de pickles.”

 

Boas!

A resposta pode variar conforme o sexo do interpelado. Os homens poderão perguntar por onde é que elas andam enquanto as mulheres poderão acusá-lo de assédio.

 

Mékié?

Há muito, muito tempo um toni desta vida decidiu cumprimentar as pessoas com um: “Como é que é?”. Sendo um cumprimento com demasiados caracteres, com o passar do tempo foi sendo abreviado até ao corrente “Mékié?”. Ao fazer a pergunta a uma pessoa do sexo masculino poderá obter como resposta o tamanho do órgão reprodutor.  

23.Nov.17

Tragédia para os gregos

Dia de Sporting. O trânsito era tal que vi-me grego para chegar ao estádio. Espero não sair do estádio com a mesma nacionalidade. Esta época é a primeira vez que vejo um jogo no estádio. Sou um mau sportinguista.

Arranjaram-me bilhete para o segundo anel. Visto de cima o Podence ainda parece mais pequeno. Eu acho que ele devia entrar em campo de mão dada ao Jubas, só para baralhar o adversário. Curiosamente as madeixas do Fábio Coentrão não causam tanto impacto vistas de cima.  

Antes do jogo começar comentámos o momento de forma dos jogadores, a beleza das sportinguistas e a vida no geral. Tinha os clássicos insultos aos árbitros preparados e o único insulto que me saiu ao clube forasteiro foi um: Atenas é feia! Só depois de consultar a Wikipédia é que percebi que o estádio do Olympiakos se situa no Pireu, que é um município vizinho a Atenas.

O jogo acabou por ser favorável ao Sporting com dos golos do inevitável Bas Dost e um do Bruno César. Se alguma vez for pai quero que o bebé seja gordo como o chuta-chuta. Até o Tobias entrou para dar alguma hipótese aos gregos e eles acabaram por marcar o tento de honra.

Agora só nos resta ir a Barcelona e vencer. Persupuesto que si.

 

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12.Nov.17

Quando cai a noite na cidade

Chegaram os dias em que o sol decide descansar quando apenas se passou meia hora depois das cinco. Com a noite chega o frio, o que praticamente obriga a um recolher obrigatório. É como se a mãe natureza dissesse: “Ok, aqui já não há nada para se ver, vão para casa!”. Os runners florescentes aumentam e jantar às seis da tarde passa a ser aceite pela sociedade.

Com o frio regressa o tema da lenha. Há sempre alguém que conhece um sítio onde arranja a melhor e mais barata. Normalmente situa-se num local que nem sequer o Google sabe onde fica e que a única referência é uma velha placa de madeira com a inscrição” Vende-se lenha.” Convém que façam entregas ao domicílio para evitar que se percam numa floresta e tenham que lutar com um urso para sobreviver.

Aos pobres, como eu, que não têm lareira, resta apenas ligar o aquecedor a óleo e fazer uma pesquisa por “8 Hours, Best Fireplace HD 1080p Vídeo” no Youtube e deixar o vídeo a correr enquanto se acaba de enrolar meias.    

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07.Nov.17

Coelhinhos orientados

Acordar cedo num feriado para procurar, com o auxílio de um mapa, locais para colocar objetos parecidos com termómetros a apitar, não é para um toni qualquer.

Entrei à última da hora na equipa e por isso não estive envolvido no processo criativo do nome. Sei que a ideia original era juntar os últimos nomes dos participantes mas, com o acrescentar de novos membros, acabou por descambar para o nome “Coelhinhos”. Se alguém da organização anunciar o nome da equipa, eu encolho as orelhas. Os membros da equipa que se inscreveram com antecedência tinham os seus nomes escritos por extenso enquanto que os recém-inscritos passaram a ser o António N. e a Sofia B. Acordei destinado a ser um atleta de uma prova de orientação mas no local passei a ter nome de concorrente de uma Casa dos Segredos.

Depois de alguma demora na partida, a prova começou e as mulheres é que mostraram o caminho. Percorremos ruas e areais para colocar os nossos objetos a apitar. Há quem deixasse apitar mais do que uma vez na esperança que consiga ganhar mais pontos no final. O som saía mais tímido nos que se encontravam na areia, muito possivelmente devido à brisa marítima. Nem um cachecol eles tinham. À beira mar, a gaivota Steven Seagull combinava com amigos qual o percurso a fazer no Pão por Deus.

Fizemos uma paragem para comer mas ninguém trouxe uma única cenoura. Conseguimos encontrar todos os pontos de controlo e seguimos viagem para casa com o sentimento de dever comprido e muita areia nos ténis. E quem não salta é Coelhinho!  

 

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