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Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

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A minha vida não é fácil

16.Nov.15

Atletas mas por turnos

Domingo foi dia de correr dez quilómetros no Jamor. Eramos o 1434 e o 1435 e a nossa equipa chamava-se “Atletas mas por turnos”. Tinha tudo para ser épico.

Antes de a prova começar tivemos direito a um aquecimento comandado por uma personal trainer do ginásio que patrocinava o evento. Distribuí murros, pontapés e joelhadas pelo ar em perfeita diacronia. Acho que ainda fiz a coreográfica completa da “macarena” pelo meio.

O início da corrida era no estádio o que me fez lembrar a final da Taça de Portugal onde estive presente e comemorei a vitória do Sporting aos pulos na cadeira com amigos e estranhos. Ainda pensei em correr alguns metros a segurar uma taça imaginária mas era parvo e estava um drone a filmar.

Julgava que a prova era de poucas subidas e descidas mas estava enganado. Quando cheguei à sinalização dos cinco quilómetros pensava que já tinha percorrido mais. Esteve à minha frente durante algum tempo um senhor da equipa “Caracóis Furiosos”. Tentei ultrapassar o maior número de velhotes possível.

No final tocava o “Don’t Stop Believin’” e acreditei até ao fim que ia ultrapassar o senhor com corte de cabelo à Marco Paulo nos anos oitenta. Um toni que estava à minha frente lembrou-se de dar um saltinho na linha da meta e estragou a hipótese de eu ter uma foto decente à chegada. Consegui ultrapassar o Marco. Foi épico.

Houve quem ganhasse um fim-de-semana com um carro mas que nem sequer parecia ter idade para o conduzir e houve também sorteio de vouchers para o ginásio mas ninguém os reclamava. Bem que o homem pedia para olharmos para o umbigo mas como os vencedores não apareciam acabaram por registrar os números para depois entregar o prémio.

Chegado a casa fui tomar um duche, fazer o almoço e ir trabalhar por que a vida de um atleta por turnos não é nada fácil…