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Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

26.Dez.15

São Silvestre dá-me um espacito para eu ultrapassar

Depois de um Natal carregadito de comida da boa, nada como ir fazer dez quilómetros no centro de Lisboa. A febre da corrida instalou-se rapidamente e até haviam pessoas no comboio a caminho da prova já vestidas a rigor e com o dorsal colocado. No local da prova havia malta com toucas na cabeça e outros com frases nas costas do tipo “Vê-la se me apanhas”.

Como foi a nossa primeira vez na corrida de São Silvestre partimos bem atrás onde o senhor do megafone era quase imperceptível. Houve várias partidas por isso a multidão avançava muito lentamente e com várias paragens parecendo a IC19 em hora de ponta.

A corrida finalmente começou para nós e começou o também os vários “com licença” e “desculpe” por causa dos toques nas ultrapassagens e foi coisa para durar uns bons dois quilómetros. Havia muita gente a assistir e alguns tonis que queriam viver a experiência de perto ao fingirem que corriam connosco e a tirarem selfies enquanto “corriam”. Entretanto perdi o meu amigo de vista, deve ter sido mandado parar numa operação stop.

Foram tiradas muitas fotos, houve muita gente a bater palmas e a gritar frases de incentivo e outros a dizerem que ainda faltava muito. Desviei-me de sinais, pinos e de pessoas que aproveitavam a corrida para por conversa em dia. Penso que foi a primeira vez que dei a volta à rotunda do Marquês sem fazer uma única paragem.

No final distribuíam medalhas e mantas. Alguém que desconhecesse que tinha acabado de terminar uma corrida e visse tanta gente embrulhada em mantas amarelas podia pensar que era um encontro de sem abrigos. Acabei a prova sem saber muito bem qual foi o meu tempo mas acho que não deu para ficar em primeiro. Se por algum milagre eu tivesse engordado no Natal, depois desta prova já teria voltado ao meu estado normal.