Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

26.Abr.18

Mais Futebolês para tonis

Existem várias palavras e expressões utilizadas no mundo do futebol que precisam de ser descodificadas para o mais comum dos tonis:

 

Estacionar o autocarro.

Um chico-esperto decidiu estacionar a sua viatura entre dois lugares e assim o motorista vê-se obrigado a estacionar o autocarro no relvado, em frente à baliza da sua equipa.

 

Abrir o livro.

Parece estranho mas há jogadores de futebol capazes de tal feito. O Francisco Geraldes tornou-se viral por ler Saramago no banco de suplentes.

 

Brinca na areia.

Aquele jogador que faça sol, chuva ou neve traz sempre areia com ele. Acrobacias, tuneis e castelos são a sua especialidade.

 

Até come a relva.

Jogador vegetariano que dá tudo em campo. Pode sofrer de problemas de saúde ao jogar num relvado sintético.

 

Lanterna Vermelha.

O Lanterna Verde é um super-herói da DC que possui um anel multifunções e que foi interpretado em 2011 pelo Ryan Reynolds num filme muito pouco conseguido. O Lanterna Vermelha tem o poder de ficar em último lugar do campeonato.

 

                    bolafuradablog.jpg

 

21.Abr.18

Querida, mudei o nome ao país

O rei Mswati III anunciou esta semana que o pequeno reino africano da Suazilândia passará a chamar-se eSwatini, evitando assim confusões com a Suíça.

Se a alteração de nomes virar moda e chegar ao nosso país, tudo poderá acontecer. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa pode assim um dia decidir que Portugal se passe a chamar Afetogal e que a foto de cartão de cidadão seja uma selfie com ele. Madonna, a nossa ilustre aquisição, teria poder suficiente para que Lisboa mudasse de nome para La Ciudad Bonita.

Mas o nome mais forte para substituir Portugal seria CR7. Bruno de Carvalho iria logo sugerir que retirassem o vermelho da bandeira. O Eder teria direto a escolher qual a cidade que se passaria a chamar Ederzito. Por recomendação de Sócrates, o hino nacional seria o da Amizade e seria interpretado pelo Salvador Sobral.   

 

              bandeira.jpg

 

16.Abr.18

Obrigado Waze

Obrigado Waze por mostrares o caminho nas alturas mais complicadas. Sempre que não conheço o trajeto mais indicado para atingir o meu objetivo, o que acontece a maior parte das vezes, estás sempre presente e disponível para ajudar.

Tens a perfeita noção de tudo o que está acontecer em meu redor. Se houver pedras no caminho tu sabes como as evitar. Sendo tu o meu apoio na estrada, mereces um suporte adequado e não andar nas mãos do passageiro ou deitado no banco, na esperança que não sejas projetado ao fazer uma curva apertada ou rotunda.

Confesso que por vezes desconfiei das indicações que me deste, muito por culpa de relações anteriores, mas no final mostras sempre que tens razão. Por causa de ti, a Verónica (nome dado por amigas numa viagem até à Beira Interior) tem passado a maior parte do tempo guardada no porta-luvas.

Acredito que até sabes o caminho para a Felicidade, ou pelo menos as direções para uma rua com esse nome. Que a bateria do telemóvel esteja sempre contigo.        

 

               estrada.jpg

 

11.Abr.18

Amor à primeira apitadela

Estou ciente da minha função. Como vivo no rés-do-chão, costumo receber várias visitas do Oscar, o labrador dos vizinhos de cima, com o objetivo de chutar uma bola o mais longe possível. Já é uma tarefa a que estou mais do que habituado, até o dia em que ele apareceu trazendo uma bola com apito na boca.

Já chutei bolas de ténis, de futebol e até de râguebi, mas uma bola com apito é algo de muito complicado. O Oscar já não precisa de espreitar para dentro da minha casa e de ganir até ser atendido. Começo logo a ouvir o apito mal ele começa a descer as escadas do prédio. Para agravar a situação, o Oscar precisa sempre de duas bolas para a sua atividade favorita e a que apita é aquela que raramente sai da sua boca.

Perguntei ao Google o motivo pelo qual os cães gostarem tanto de brinquedos com apito. Tem a ver com o instinto de caça canino e com a grande vontade de receberem a atenção do próximo. Este texto está a ser escrito sob uma quantidade considerável de chamadas de atenção.

Agora oiço o apito por todo o lado e em todas as situações possíveis e imagináveis. A felicidade dele com a bola na boca é grande mas ela terá que desaparecer. Vai ser complicado ao início para ele, mas outra bola irá aparecer e irá silenciosamente preencher o vazio deixado.      

 

             oscarbola.jpg

 

09.Abr.18

O Bruno do Facebook

Bruno de Carvalho sempre usou e abusou do Facebook. Utilizou tanto que até aposto que a Cambridge Analytica pagou só para não receber informações dele. Muitas vezes era como se fosse aquele tio que partilha cinco a seis frases feitas por dia, envia convites para jogos e decide perguntar se está tudo bem diretamente no nosso mural. Só não o desamigamos por ser da família. Até ao dia em que decidiu criticar a equipa de futebol principal.

Por muito mal que a equipa tenha jogado, que até acho que não foi o caso, nunca pode condenar os jogadores via redes sociais. Nem que tivessem perdido com o Moncarapachense, quanto mais com o Atlético de Madrid. Os jogadores responderam, também pelas redes sociais, e começaram a chover suspensões e perguntas de benfiquistas e portistas sobre se eu estaria convocado para o jogo com o Paços. Até o Oscar, o labrador do jardim que é viciado em bolas, acreditava que tinha lugar na equipa.

Jesus acabou por poder convocar todos os jogadores e Bruno de Carvalho, em vez de fazer like, comentar, dar toques ou acenar para os jogadores, decidiu continuar a usar o Facebook para criticar os “mimados”. O Sporting venceu e Bruno de Carvalho saiu do campo com uma dor nas costas. Conseguiu a proeza de receber mais assobios que o árbitro da partida.

Pode ser que tudo isto seja uma grande estratégia para fazer com que os jogadores ganhem todos os jogos que se seguem, dando cinco sem resposta ao Atlético e eliminando o Porto da Taça, só para mostrarem ao Presidente que as criticas não tinham fundamento.

Hoje Bruno de Carvalho abandonou o Facebook. Espero que agora seja de vez, mas se tiver alguma recaída, que volte com controlo parental e com um número limitado de carateres para os seus posts.    

 

                            sporting1.jpg

       

05.Abr.18

Toni, o procurador

Pediram-me para ser procurador na venda de um imóvel, porque o interessado ia passar fora as férias da Páscoa. Eu, sendo o toni que sou, acabei por aceitar.

Já me pediram para procurar muita coisa mas nunca fui procurador de ninguém e com tal não sabia bem qual seria o protocolo para esse tipo de acontecimento. Será que tenho que ir de fato e gravata ou tenho que me apresentar à imagem de quem eu represento? Se fosse a segunda hipótese lá teria eu que andar com um pullover às costas.

Responder a um quiz sobre quem eu iria representar, comentar a atual situação do mercado imobiliário ou cantar o hino nacional foram hipóteses que me passaram pela cabeça mas que acabaram por não se realizar.

Entro no cartório notarial e já tinha uma mesa disponível para preencher a papelada. A prometida meia hora de duração do evento parecia seria uma realidade. Claro que estava enganado.

Depois do papel preenchido, a espera foi longa até sermos chamados para uma sala. Uma senhora lia em voz alta um documento Word que era transmitido num ecrã. Não havia pipocas nem rebuçados para acompanhar. Ao menos o texto podia passar ao estilo Star Wars para dar um pouco mais de emoção. A história não era cativante e acabei por perder o interesse passado pouco tempo. Assinei mais uma folha e procurei logo a saída mais próxima. 

Perdi hora e meia da minha vida naquele edifício e nem sequer levei o cheque para casa.