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Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

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A minha vida não é fácil

24.Jun.20

Pelos caminhos de Portugal

Viagem até ao Parque Nacional da Peneda-Gerês para fugir do Bicho. Começamos pela aldeia do Sistelo para fazer um trilho recomendado por um blog de viagens. Encontramos pedras no nosso caminho e uma vaca, acompanhada pelo seu cão de guarda. Nós parámos e eles também. Não tínhamos maneira de os contornar e eles olhavam para nós sem perceber o que queríamos. Fui avançando, armado em corajoso, e o cão também. Afinal ele era inofensivo e parecia querer comida, algo que nem para nós haviaA vaca era alpinista e acabou por subir o monte, seguida pelo seu fiel companheiro, desimpedindo o caminho. Foi o maior obstáculo que encontrámos num percurso de nove quilómetros que pareceram dezanove, tal eram as subidas, onde vimos paisagens incríveis, gado, tratores estacionados em locais improváveis e alguns bonecos assustadores. 

O Parque Nacional da Peneda-Gerês podia muito bem ter servido de cenário para as filmagens do Senhor dos Anéis, utilizando os espigueiros de Lindoso e Soajo como habitações para os hobbits. Visitámos o Castelo de Castro Laboreiro, mas para lá chegar fomos novamente obrigados a usar os nossos dotes de montanhismo. Fomos conhecer o Santuário da Nossa Senhora da Peneda e São Bento (que a julgar pela cripta é asiático) da Porta Aberta, em busca de um sinal divino, mas sem conseguir grandes resultados. Recebemos sim vários sinais de vida animal pelo caminho, desde cachorros Castro Laboreiro, a vacas e cavalos a atravessar a estrada. A cascata do Tahiti convidava ao mergulho e à subsequente hipotermia. Saímos de Covide com a saúde intacta. 

Aproveitei também para conhecer Moledo e a sua praiapasseei por Vila Nova de Cerveira sem encontrar nenhum cervo, parei na Caminha, mas não dormi, fui a Vilar de Mouros para um festival de fotos e a Paredes de Coura que se encontrava deserta, comi sidónios em Viana do Castelo e em Ponte de Lima avistei o Gang do Papagaio, que era constituído por quatro miúdos com pinta de street gangsters, a ouvir hip-hop em alto e bom som e a lançar, com muita técnica, os seus papagaios de papel, numa espécie de batalha nos céus. Citando as sábias palavras de Mário Gil: “Pelos caminhos de Portugal, eu vi tanta coisa linda, vi um mundo sem igual”.  

 

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