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Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

22.Out.21

Cenas que me fazem confusão

Música nas esplanadas 

Como estava uma noite agradável, decidimos jantar numa esplanada. Pouco tempo depois de fazermos o nosso pedido, começamos a ouvir música. Primeiro ainda pensámos que podia ser uma festa dos vizinhos de cima, mas lá acabei por descobrir uma pequena coluna branca, camuflada na parede do restaurante. Não podíamos estar sozinhos numa esplanada, tínhamos que ter a companhia de músicos variados. Apesar de tudo, a música não era muito incomodativa, mas não deixava de ser ruído. Já que é um restaurante italiano, bem que podiam passar música do Eros Ramazzotti, Laura Pausini ou dos Måneskin. 

No dia seguinte, fui tomar um café pós-almoço noutro estabelecimento. Mal nos sentámos, começa a tocar música em alto e bom som. É como se houvesse um sensor, que ao detectar movimento na esplanada, ativa música manhosa. E neste caso era uma música muito agressiva. Desde David Carreira, passando por Lucas & Matheus Júnior e kizombas de autores variados. Às tantas já dava por mim a usar o Shazam para descobrir quem cantava estas atrocidades. E eu até queria ouvir o que a minha querida avó estava a dizer.   

   

Blocos sanitários 

Recentemente comprei blocos sanitários, que estavam em promoção, e a minha sanita nunca mais foi a mesma. Bem que a embalagem avisava que a água ia ficar roxa, mas não estava preparado para tamanha intensidade. É como se um unicórnio, depois de uma longa noite de copos, tivesse vomitado na minha sanita.  

A Sonasol garante que os blocos previnem a formação de calcário e a acumulação de manchas. Eu até acredito, mas há mais de um mês que não vejo o fundo da minha sanita. Para a próxima compro um bloco sanitário que deixe a água da cor dos meus azulejos. 

 

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13.Out.21

Turismo Sénior

No final de setembro passei uma noite na Vila do Gerês e parecia que tinha adquirido uma experiência Odisseias de turismo sénior. 

O hotel de duas estrelas, porque isto de ter um blog não dá dinheiro, tinha Jardim no nome e flores pintadas na fachada. Sentados no hall de entrada estavam pessoas com mais de setenta primaveras. Com o passar do tempo deu para perceber que a média de idades dos hóspedes no hotel era elevada.  

Reza a lenda que a água do Gerês é ótima para doenças do fígado, vesícula, obesidade, hipertensão e diabetes. A presença de umas termas ao lado do hotel era uma excelente oportunidade para passar o dia a carregar em botões, que podem ou não trabalhar, para receber jatos da magnífica água, terminando com um poderoso jato de sabão nos olhos. Na mesma zona também ficava o Parque das Termas, que tal como um idoso num lar, tinha ar de abandonado.  

No final do dia decidi dar uma corrida pelas redondezas, para tirar todos os pensamentos de pessoa antiga. Como estava em baixo de forma e o terreno não era muito retilíneo, acabou por ser mais parecido com uma caminhada. Cheguei mesmo a cobiçar os bastões dos caminhantes séniores que encontrei pelo caminho. Regressei ao hotel e o espaço comum estava com a sua ocupação máxima. Era a hora do Preço Certo e não há nenhum idoso que não goste de ver o Fernando Mendes. Fui para meu quarto, resistindo à tentação de adivinhar o preço da batedeira elétrica. 

Apesar de eu ainda não ter sequer assoprado quarenta velas num bolo, foi cansativa e demorada a escrita deste post. Ainda estou com sequelas e só passei lá passei uma noite.   

 

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