34 e não é fácil
O dia do meu aniversário é sempre complicado. Nunca gostei de comemorar a data e estive quase para ir até aos Açores, só para ter direito a mais uma hora nos trinta e três. Para o ano vou até ao Alasca, onde são menos nove horas, para fazer amizade com as focas e atirar bolas ao Oscar, o urso polar.
Custa-me ainda crer que já ando pelos trinta e quatro. Hoje até partilhei numa rede social uma foto de quando era pequeno, o que pode muito bem ser um sintoma da síndrome do Peter Pan. Em contrapartida não uso collants verdes nem considero o “Forever Young” como a minha música de eleição.
As várias mensagens que recebi tinham como destinatário o Tó, o Toni, o Tony, o Neves e até Tonini. Ninguém me tratou por António. Houve até quem não quisesse arriscar num nome. Às oito e cinquenta da manhã já tinha uma mensagem de parabéns do meu banco, mas nem um cêntimo a mais foram capazes de transferir para a minha conta.