É preciso ser muita toni para acordar cedo num domingo e correr dezassete quilómetros, desde a vila de Sintra até ao cabo da Roca, pelo quarto ano consecutivo. E para agravar mais a situação, levava comigo poucas horas de sono, porque na noite anterior estive, num misto de trabalho e comemoração, a acompanhar a conquista da Taça da Liga por parte do Sporting. Quando comi as passas para desejar um Sporting campeão, não estava a pensar no campeão de Inverno. O pré-corrida foi (...)
Dia de Corrida Sporting. Apesar de já ir na sua sétima edição, será a minha primeira vez como leão de corrida. Espero que a minha estreia seja tão boa como a do Bas Dost. O 1700 que tenho na camisola está tão seguro como o Rui Patrício, porque desta vez trouxe quatro alfinetes-de-dama. Antes de a corrida começar, há quem aproveite para tirar selfies, comentar as últimas transferências e arriscar fazer a prova com uma t-shirt vermelha. Eu “acradito” que vou fazer um bom tempo. (...)
Existe uma quantidade considerável de pessoas que acordam cedo para irem à praia, mas para correr nela já é só para um grupo mais restrito. A Meia Maratona na Areia Analice Silva consiste em percorrer 21kms na areia da Nova Praia, mas como tinha uma prova de 10kms em asfalto na véspera, não me quis desgraçar ainda mais, por isso só me inscrevi na de 10 e rezei para não morrer na praia. Estacionei o carro algo longe da partida, para fazer um devido aquecimento até lá, mas quando (...)
Todos os anos dou uma espreitadela na Super Bowl e continuo sem perceber grande coisa do jogo. Quando falam em jardas começo logo a ficar baralhado. Um tipo fica acordado até tarde para ver homens a andarem aos encontrões, não para estar a fazer conversões de jardas para metros. Há jogadores que pintam a cara com um simples traço debaixo de cada olho, outros que são mais criativos e fazem alterações à pintura de guerra e alguns, que provavelmente quando estudavam não tinham (...)
Dia da Corrida Fim da Europa. É preciso ser-se um bocado toni para acordar antes das 8 da matina, num domingo de folga, para correr numa prova de 17 quilómetros para a qual paguei para participar. Ao menos não estava a chover. Deixei o carro num parque de estacionamento na Azoia e fui de boleia até à partida na vila de Sintra. Na mudança de um carro para o outro acabei por deixar cair, algures na lama, os alfinetes-de-dama essenciais para prender o dorsal. Procurar uma agulha num (...)
Correr com e sem música, são experiências bastante diferentes. Com banda sonora, consegues-te abstrair do que te rodeia, estás ao ritmo do “Eye Of the Tiger” e por momentos pensas que és o Rocky Balboa e que estás a subir uma grande escadaria a alta velocidade, mesmo se na verdade estiveres numa reta aborrecida e a ser ultrapassado por um sexagenário. “Tu és um cavalo de corrida”, afirma aos teus ouvidos o António Ribeiro dos UHF, e nem te apercebes que está um ciclista a (...)
Os Jogos Olímpicos chegaram ao fim e foram dias bem passados. Só na altura dos Jogos é que dou por mim a ver badminton, ténis de mesa e natação sincronizada sem mudar de canal. No badminton é algo inglório ver um atleta aplicar toda a sua força na raquete para certar num volante que acaba por travar no ar. O ténis de mesa faz-me lembrar os tempos de escola e o pouco jeito que tinha e há algo de relaxante em ver as pernas fora de água das atletas da natação sincronizada. Fico (...)
Sven Martins nascido e criado na cidade sueca de Upssala mas filho de pais portugueses, sempre mostrou desde tenra idade uma enorme apetência para varrer o gelo. Depois de já dominar a arte do varrimento foi num ápice que se tornou perito no lançamento de pedras de granito. O seu destino estava traçado, ia ser uma estrela de curling.
Aos 18 anos de idade já era o capitão de equipa do Upssala Curling Club e conseguiu logo na sua primeira época ser campeão. A festa na pista foi (...)
Hoje tentei ver a Super Bowl. Os Seattle Seahawks defrontavam os New Englad Patriots e eu sem perceber grande coisa de futebol americano. Quarterback, running back, touchdown e jardas, muitas jardas, foi o que mais ouvi durante a partida.
Depois de já começar a entender o desporto o que mais me chateava eram as várias paragens de jogo. Aguentei até ao intervalo onde a Katy Perry cantou e sobrevoou o campo. Eu dei o meu melhor mas já não vi a segunda parte.
Se o desporto de repente (...)
1889 foi o ano da inauguração da torre Eiffel, o ano em que nasceu o Charlie Chaplin e foi o número que eu usei durante dezassete quilómetros pela serra de Sintra. Mais uma vez paguei para acordar cedo num domingo. É das poucas alturas da vida em que tenho um número na camisola preso por alfinetes de dama, um chip nos atacadores e atiro garrafas de água para o chão sem sentir remorsos. A prova era dura, com bastantes subidas, e ganhava motivação sempre que via senhores de alguma (...)