Budista por turnos
Fui a um templo budista para mandar alinhar o karma. No café uma rapariga varria o que estava limpo e um budista estava no balcão vestido a rigor mas com um avental por cima. Deu para testar a sua paciência quando ficou impávido e sereno a olhar para o computador que crashou na altura do pagamento. O budismo acredita no café a sessenta cêntimos.
No jardim estavam pessoas a trabalhar e para entrar no templo tive que descalçar os sapatos e calçar uns chinelos. Felizmente tinha umas meias apresentáveis. O templo é magnífico com belas estatuetas e uma foto do fundador que tem um ar estranho mas pacifico. No final ainda tinha os ténis à espera, nenhum budista precisava de uns Onitsuka Tiger.
Era capaz de viver essa vida de constante tranquilidade e meditação mas teria quer ter uma televisão para ver o Sporting, filmes, séries e as televendas. Também dava jeito um leitor de mp3 e outras bebidas sem ser chá. Com isso tudo à disposição seria um budista feliz com uma tatuagem zen e cabelo.