Conan, o músico

Muito se fala da atuação do Conan Osíris no Festival da Canção. Há quem odeie e há quem o considere um génio. Eu acho que é de louvar alguém que consegue cantar com um suporte de queixo e bochechas.

Há quem se ria com as músicas dele e que deseja saber qual foi o cocktail de drogas que o seu bailarino tomou, mas os fãs já o comparam a António Variações. Ao nível da excentricidade anda lá muito perto, mas as letras ainda ficam um bocado aquém. Se Variações ainda fosse vivo, até poderia ter uma música com o nome “Telemóveis”, mas duvido que alguma vez usaria no seu reportório o refrão “Eu ‘tou me a cagar”. Existem também aqueles que não compreendem o artista, mas que consideram que ele deveria ser o representante na Eurovisão, apenas porque é diferente.

Eu sempre pensei que o Conan Osíris fosse apenas um humorista, cujo seu trabalho musical ganhou toda uma vida própria, mas parece que é mesmo a valer e é um forte candidato a vencer o Festival da Canção, seguindo as pisadas de nomes como os Homens da Luta, as Nonstop e o Rui Bandeira. Pode não ser bem o meu estilo de música, mas há que apoiar o Conan porque também eu adoro bolos.