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Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

Wait aí uma beca

A minha vida não é fácil

06.Out.16

O que acontece em Berlim, fica parte no blog

Numa quarta-feira fui conhecer Berlim. No voo de ida, sentado à nossa frente, calhou estar um conhecido do meu amigo, português mas a viver em Berlim, que por acaso até tem um bar perto do sítio onde íamos ficar. Com a ajuda dele e dos seus amigos chegámos rapidamente ao nosso destino. Há nossa espera, na estação de metro, estava um comité de senhores algo duvidosos que desejavam saber se queríamos “weed”. Houve um que até nos perseguiu um bons metros só para tentar vender o seu produto. Só porque tenho aspeto de mal nutrido não significa necessariamente que fume cenas estranhas.

O quarto onde ficámos tinha um boliche algo oscilante e eu fiquei na cama de cima. A casa de banho era bastante afastada do quarto o que tornava uma aventura sempre que eu necessitasse de a frequentar a meio da noite.  Quando acordava conseguia ver da janela do quarto um senhor do outro lado da rua, sentado à janela do seu prédio a trabalhar ou a se certificar que eu estava a ter uma noite bem dormida.

No dia seguinte fomos visitar o que resta do Muro, onde se pode ver espetaculares grafites e a carinhosa frase “Fuck Donald Trump”. Fomos também conhecer o Checkpoint Charlie e o Museu Judaico onde é possível pisar caras feitas em bronze por um caminho escuro e encontrar, em exposição, quipás da série Friends e do Batman.

Os berlinenses, faça sol ou chuva, adoram andar de bicicleta e de passear de garrafa de cerveja na mão. O meu amigo, ao olhar para as sinaléticas no metro, concluiu que é possível entrar com póneis no transporte. As alemãs têm muita saúde. 

Sexta foi dia de visitar o Museu Pergamon onde se encontra a Porta de Ishtar e o Museu de Arte Contemporânea Hamburguer Bahnhof que tem em exposição uma fascinante cadeira de escritório com ventoinhas, motor e um aspirador, pendurada no teto e que ao sentir movimento começa a falar alemão. Em Alexanderplatz encontramos um Oktoberfestezinho onde tivemos a oportunidade única de ver um cão a andar de skate e de pagar 5 euros por uma cerveja. Fomos ao portão de Brandeburgo mas estava fechado.  

De noite, recomendados pelo TripAdvisor, jantámos num restaurante italiano gourmet/hipster/coiso onde os pratos principais parecem entradas. Aquele tipo de restaurante em que os empregados saem da cozinha com um copo de vinho na mão e em que uma cliente tinha vestido um saco de compras com uma alça nas costas. A dona era bastante simpática e ainda nos ofereceu uns copos de limoncello. Depois fomos parar ao bar do rapaz que encontramos no avião e o regresso a casa foi algo cambaleante. A culpa foi dos limoncellos. 

No sábado choveu o dia todo, a ressaca estava presente e ouvimos a meia hora final do jogo do Sporting. Aquela em que o Guimarães marcou três golos. Foi complicado. Fomos a uma loja de vinis que estava situada num prédio que parecia abandonado e demos uma volta por Tiergarten.

No final acabei por não ver uma única bola de Berlim e não tirei uma selfie com a Merkel mas acabei por ganhar uma borbulha na testa. Hei-de voltar a Berlim.

 

 

 

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