Pelos caminhos de la España
Road trip por Andorra e norte de Espanha. Com para lá de mil quilómetros pela frente até chegarmos a Andorra fiquei mal disposto e vomitei perto de Madrid. Em Guadalajara repeti a façanha. A viagem mal tinha começado e já estava a deixar a minha marca.
Perto de Barcelona fomos mandados parar pela polícia. Perguntaram qual a nossa direção e se podíamos abrir o porta-bagagens. Apalparam as malas e a única que abriram foi a minha por causa de uma banana. O que andariam eles à procura permanecerá para sempre um mistério.
Andorra é um shopping nas montanhas onde as perfumarias da Júlia imperam. Ao contrário dos vizinhos espanhóis os andorrenhos…andorrenos…porra… os habitantes de Andorra jantam cedo.
De volta a Espanha passámos pelos Pirenéus sem assistir a nenhuma derrocada. Em Alquézar demoramos mais de 2 horas para almoçar. Tinham-se esquecido do nosso pedido. Quase que comi uma vespa.
Visitámos o castelo de Loarre onde comprámos o bilhete mas lá dentro ninguém o pediu. Entrámos no edifício ao mesmo tempo que uma excursão de idosos. Felizmente todos os velhotes sobreviveram.
Chegámos a Olite depois da uma largada de touros. O dress code era vermelho e branco e ninguém nos tinha avisado. O palácio do sítio parece ter saído de um filme da Disney. Ainda fomos a Pamplona mas não vimos nenhum touro.
Em Irun tivemos um encontro imediato com um pato. Por San Sebastián estava a decorrer o Festival Internacional de Cinema. Passei pela red carpet mas ninguém quis saber.
Perdemos o carro em Vitoria-Gasteiz. Estava perto da catedral mas mesmo assim foi complicado o achar. Os bascos têm uma maneira estranha de falar. Em Burgos, ponto de passagem dos peregrinos de Santiago, sofremos com o nosso almoço.
Suportei ouvir um álbum inteiro de músicas pop em versão reggae mas vários mosquitos suicidaram-se em direção ao carro. O gps perdeu-se algumas vezes e eu apaixonei-me outras tantas. A MEO já pensa que sou espanhol porque me desejou uma boa estadia quando cheguei a Portugal.