Praia em tempos de Covid
Primeira ida à praia em tempos de Covid. Parti numa terça-feira, pós-almoço, rumo aos banhos de mar e areia. Usei máscara desde a saída do carro até ao local escolhido para colocar a toalha. Fui o único toni que fez tal coisa. Não havia muita gente no areal, por isso não foi necessário o uso de fita métrica. Mesmo com poucas pessoas, ponderei fazer montinhos de areia à volta da minha zona de descanso. Se eu tivesse o dom das esculturas de areia construía muralhas em meu redor. Se elas não resultassem, colocaria arame farpado e uma placa que diria: “Cuidado com o cão”.
Depois de tirar a roupa, não sabia se devia primeiro espalhar pelo corpo o protetor solar e só depois o álcool de 70% ou vice-versa. Considerei também passar um paninho com lixívia por todos os grãos de areia da minha zona.
O mar estava bravo, como é hábito nas praias de Sintra, mas mesmo assim arrisquei no primeiro mergulho do ano. Não fiquei muito tempo nele, só o suficiente para ficar molhado dos pés à cabeça. O mar dava claros sinais de querer permanecer em isolamento. Levei uma tareia, mas regressei feliz à toalha.
Enquanto estava a secar apenas uma pessoa ousou uma aproximação ao meu espaço. Foi uma criança que rapidamente foi chamada à atenção pelo pai. A maré começou a subir e alguns banhistas fizeram o mesmo. O meu toque de saída da praia chegou na forma do choro do bebé de um casal do leste europeu, que estendeu as toalhas próximas da minha zona de conforto. Foi um dia de praia higiénico.