O dia 14 de Julho de 2019 ficará para sempre marcado pelo ataque dos velhotes nas redes sociais. Não se sabe ao certo quem é que começou este flagelo, mas de certeza que foi um grande influencer desta vida que partilhou a primeira foto com cheiro a naftalina. Foi uma invasão efectuada maioritariamente por homens. As mulheres costumam evitar ao máximo o envelhecimento e não fazem nenhuma questão de a partilhar. Na segunda-feira já era praticamente impossível não deslizar os dedos (...)
Pelo Facebook só encontro caras antigas e notícias de ontem. No Instagram, a foto mais recente que me aparece é a de um grupo de girafas a preto e branco, partilhada pela National Geographic há quatro horas. De momento são elas as grandes influencers da minha rede. Não sei bem como reagir a ausência das redes sociais. Como é que faço likes no sofá? Onde coloco os hashtags? Quem é que me conta uma storie? Como é que eu posso pedir para que o Verão volte? Sem o Facebook e o (...)
Dia que é dia só começa quando usas o telemóvel para distribuir likes e comentários a amigos e conhecidos. A volta social começa pelo Facebook. Por lá circulam as frases do Dalai Lama e do José Rodrigues dos Santos, indignações, queixas do frio e uma ovelha vestida com pele de pato. Há quem ainda faça quizzes e procure saber o significado do seu nome. É possível ver as tuas memórias e as dos teus amigos, e ficares arrependido por ambas. As indignações chegam mais (...)
Influenciador social digital é agora uma profissão e existem instagramers a ganharem bastante com isso. Para ser um instagramer de sucesso é preciso ter um fotógrafo disponível 24 horas por dia ou 2 que trabalhem por turnos. Para um instagramer que está a dar as primeiras fotos ao mundo social o ideal seria o de arranjar um namorado(a) formado em Fotografia. Mesmo se lá fora estiverem temperaturas negativas há que partilhar fotos em bikini e dizer que tem saudades do verão. É (...)
Smiles, Emoticons, Emojis, Stickers… há tanta bonecada disponível para ser partilhada e eu só uso uns três ou quatro. Uso e abuso dos clássicos dois pontos e um parêntesis. Às vezes, na loucura, uso vários parêntesis para reforça o sorriso. Quando me sinto realmente maroto, uso o ponto e vírgula acompanhado do parêntesis. Muitas vezes até me sinto na obrigação de mostrar o p, para as pessoas perceberem que eu não estou a falar a sério. Demorei até decorar a maneira de (...)
O primeiro despertador tocou às seis e um quarto. Dormi pouco ou nada. Se calhar não devia ter visto os Xutos a noite passada. Não quero sair da minha alegre casinha. No trabalho pouco ou nada acontece. Já vi os meus e-mails do trabalho, do Sapo, do Outlook e do Gmail. Quase que respondi a um tal de Gregory que afirma que tenho direito a uma herança. Tenho o Facebook e o Twitter abertos mas nada de extraordinário acontece. Eu é que não me lembro da password, senão também teria (...)