Trabalhar apenas um dia com poucas horas de sono é complicado, vários já é considerado um desafio. As horas de sono a menos funcionam como os pontos das gasolineiras: vão acumulando e no final o prémio não é grande coisa. Chegas ao trabalho e ouves os comentários: “Não estás com bom ar!” e “Abre os olhos!”. Ao passar nos corredores és capaz de cumprimentar efusivamente pessoas que mal conheces. Só passado um tempo é que percebes que o elevador não está a andar (...)
O despertador tocou às cinco da matina e vai a caminho do trabalho sem ter bem a certeza se chegou a dormir alguma coisa? Não desespere, deixo aqui conselhos para conseguir sobreviver a uma manhã laboral:
- Antes de sequer entrar no carro, verifique o estado dos seus pneus. Garanto que não é nada giro estar às cinco e picos encostado numa berma da A5 a tentar mudar um pneu e haver uma grandessíssima porca que não quer sair sendo assim obrigado a chamar um reboque.
- Mal chegue (...)
O Abominável Despertador das Neves anuncia que faltam seis horas e meia para exercer funções e eu ainda nem um carneiro tenho para contar.
Para tentar chamar o sono fico a ver “O Negócio da Droga” do National Geographic Channel que mostra histórias de traficantes de droga e de agentes de combate à droga. Por momentos começo a ponderar entrar no mundo do crime. Duvido que algum traficante tenha que colocar despertador para as cinco da matina.
Desligo a televisão e dedico-me (...)
Ir ao McDonalds é uma autêntica experiencia “do it yourself”. Na entrada existem máquinas onde podes fazer o pedido, quando o recebes tens que pedir ketchup senão ficas sem ele, depois vais em busca do sítio onde estão colocadas as palhinhas e os guardanapos que muitas vezes se encontram nos sítios mais recônditos e quando acabas de comer ainda despejas o tabuleiro.
Qualquer dia registas o teu pedido e entras na cozinha onde terás os ingredientes à tua disposição para (...)
Acordar às cinco já não é pêra doce e quando um trabalhador por turnos, que ainda só tem os olhos semiabertos, descobre que o seu experiente Polo do remoto ano de noventa e sete já não se pode deslocar no centro de Lisboa não facilita nada a coisa.
A Avenida da Liberdade agora de liberdade tem pouca e o meu veículo nem com um cravo no limpa pára-brisas consegue escapar à multa. Existe uma exceção para carros históricos e eu podia alegar que o meu carro tem um passado (...)
Devia ter dormido mais. Apenas consegui duas horas de sono quando devia ter tido pelo menos quatro ou cinco.
Vi televisão até o sono aparecer o que não aconteceu. Apaguei tudo, tentei várias posições mas mesmo assim o João Pestana não queria chegar.
O pouco que dormi foi feito de consciência limpa porque sei que dei o meu melhor. Saí da cama de cabeça erguida.